No final de 2011, a jornalista Rita Lisauskas reclamou publicamente, através da sua página no Facebook, dos atrasos de salários da RedeTV! Na época, Rita era âncora do telejornal “RedeTV! News” e estava insatisfeita com a emissora, devido a demora do pagamento salarial.
“Queria só entender como tem empresário que consegue colocar a cabeça no travesseiro e dormir, sabendo que há centenas de profissionais sem salário há, no mínimo, dois meses bem na semana do Natal. E o pior: como tem assessor de imprensa (ou seja, coleguinha) que se digna a desmentir o óbvio com a seguinte pérola: ‘É mentira desses funcionários, pois os salários estão em dia.’ Aos colegas que pensaram em me enviar mensagem pedindo para que me cale nem percam seu precioso tempo. Sou profissional, tenho dignidade, mas não tenho estômago”, declarou a jornalista, que foi afastada do cargo logo após o desabafo e demitida pouco tempo depois.
Esse acontecimento é um ótimo exemplo do impacto do que falamos na internet. Geralmente o que postamos ou compartilhamos nas redes sociais fica exposto a todos e torna-se de fácil acesso. Atividades, gostos, fotos, interesses ou opiniões, nos caracterizam, isto é, tudo o que divulgamos sobre nós na rede, cria uma imagem a nosso respeito.
Além das funções de conhecer gente nova, reencontrar velhos amigos e iniciar relacionamentos por meio das páginas pessoais, por exemplo, você pode fazer negócios ou conseguir um trabalho. Então, se você não se preocupa com a sua reputação online, é melhor ir repensando desde já o que e como você escreve por aí.
Em busca de inovação, empresas e instituições passaram a utilizar a internet como forma de encontro de candidatos. Elas divulgam vagas para empregos nas redes sociais e através delas, analisam o perfil do seu possível empregado, também. Uma pesquisa realizada pela empresa de marketing digital KBSD mostrou que 72% dos recrutadores usam ferramentas de busca online para saber mais sobre candidatos. Além disso, 48% usam informações de sites pessoais para decidir se vão ou não contratar um profissional. O estudo também apontou que as redes sociais são fonte certa de pesquisa para os recrutadores: 63% deles checam as contas do Facebook, Twitter e blogs de potenciais funcionários.
Algumas dicas de como se comportar nas redes sociais são muito bem-vindas, como: evite postar informações muito pessoais, do tipo: “Bebi muito ontem e estou de ressaca”; compartilhe conteúdos interessantes; não faça na vida virtual o que você não faria na vida real; tome muito cuidado com as fotos que você publica, pois elas dizem muito sobre você; tenha cautela ao demonstrar suas emoções. Desabafar na rede é um erro. No geral, seja autêntico, sem pecar no que diz ou expõe.
Lembre-se que o bem mais precioso de um profissional é a sua credibilidade. Você pode levar anos para construí-la e um clique para acabá-la.

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