O ônibus quebra, você se atrasa, vai em pé, fica no ponto esperando um tempão, demora para chegar em casa, o trânsito fica um caos... Pois é, a vida de quem depende do transporte público coletivo não é fácil. Seja estudante ou trabalhador, a rotina para chegar ao destino desejado é árdua.
Para se ter uma ideia do volume de usuários do transporte coletivo de João Pessoa, só na
cidade são transportados pouco mais de 100 mil passageiros mensalmente, por meio de
445 ônibus divididos em 85 linhas convencionais mais três opcionais, conforme dados
da Superintendência de Mobilidade Urbana (Semob).
Para tentar minimizar o problema, o Ministério Público do Estado realizou no dia 29
de Maio uma audiência aberta para ouvir da população o que ela acha da qualidade
e da eficácia dos serviços dos transportes coletivos de João Pessoa. As principais
reclamações foram a falta de ônibus e veículos superlotados.
“Às vezes, esperamos mais de 45 minutos por um ônibus. Não aguentamos mais”,
criticou Luiz Paulo, representante da comunidade Padre Hildon Bandeira, na
Torre, bairro de João Pessoa. Já o estudante Enver José Lopes expôs problemas de
superlotação. “Em um ônibus com limite de 19 pessoas, eu contei 40 passageiros”,
descreveu.
Devido às facilidades de compra apresentadas pelo mercado e, principalmente, em razão
dos problemas já citados, a população procura alternativas para sanar essa situação
caótica. Uma delas é a aquisição de veículos automotores.
Segundo o Departamento Estadual de Trânsito da Paraíba (Detran-PB), a frota de
veículos no Estado cresceu 13% em 2011, fechando o ano com o registro de 805.055
veículos. Desse total, por volta de 327 mil estão em João Pessoa e 161 mil em Campina
Grande. As duas cidades, inclusive, somaram aumento de 40% na sua frota no último
ano.
Além dos problemas que já conhecemos, como poluição, o aumento excessivo no
número de carros nos centros urbanos trás uma consequência ainda mais séria: os
congestionamentos. O crescimento na quantidade de carros nas ruas não é diretamente
proporcional ao desenvolvimento estrutural das cidades. A solução mais sensata para
os problemas de trânsito no mundo é o investimento no transporte público eficiente e
acessível a todos.
Os transportes metroferroviários – trens e metrôs –, por exemplo, têm baixo
custo de operação e manutenção. Quando comparados aos ônibus, por exemplo,
reduz expressivamente o número de acidentes e mortes no trânsito, melhora
significativamente os índices de poluição sonora e atmosférica, além de diminuir o
tempo de viagem. Apesar da baixa tarifa, apenas 8 mil passageiros usam por dia o
sistemas de trens urbanos de João Pessoa.
Embora o sistema de transporte público coletivo da Paraíba apresente grandes melhoras nos últimos anos, em algumas áreas da região metropolitana da capital esse sistema infelizmente ainda anda em “passos de tartaruga”. Os problemas verificados nas duas principais cidades do Estado intensificam-se em municípios como Santa Rita e Bayeux. A precária infraestrutura dos veículos, atrasos constantes e lotação excedente são dificuldades enfrentadas com recorrência pelos usuários do transporte.
Embora o sistema de transporte público coletivo da Paraíba apresente grandes melhoras nos últimos anos, em algumas áreas da região metropolitana da capital esse sistema infelizmente ainda anda em “passos de tartaruga”. Os problemas verificados nas duas principais cidades do Estado intensificam-se em municípios como Santa Rita e Bayeux. A precária infraestrutura dos veículos, atrasos constantes e lotação excedente são dificuldades enfrentadas com recorrência pelos usuários do transporte.
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