domingo, 9 de setembro de 2012

Fórmula 1 brincando com a morte



Durante o Grande Prêmio da Bélgica do último domingo, 02 de setembro, ocorreu um acidente entre o russo Roman Grosjean e o espanhol Fernando Alonso que trouxe de volta uma pauta esquecida sobre segurança na Fórmula 1. O carro do Grosjean voou sobre a Ferrari de Alonso, que nada pode fazer senão ser expectador de um acidente que poderia ter causado danos irreversíveis para o espanhol, que viu a Renault passar raspando por seu capacete.

Desde a morte do piloto brasileiro Ayrton Senna, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) vem buscando milhares de formas para que a vida do piloto seja mantida. Durante anos foram construídos protótipos e realizadas pesquisas que modificaram toda a estrutura dos carros de Fórmula 1, que hoje são um dos mais seguros do mundo automobilístico. Mas, não sei como, ainda existe uma parte do carro que preocupa a todos e que ainda não foi solucionada. O cockpit (parte em que o piloto fica) está totalmente exposto e mesmo com o aumento da lateral, essa parte continua sendo o ponto G das preocupações dos engenheiros que criam os carros de Fórmula 1.

 O que aconteceu com o Fernando Alonso aumenta essa preocupação. Naquele momento a sorte o salvou de algo pior, Grosjean passou voando pelo seu Cockpit sem controle algum do seu carro, e o espanhol estava onde deveria estar, uma roda para direita o levaria, no mínimo, a um knockout (nocaute). Por isso que devemos lembrar aos cartolas da FIA que nem sempre a sorte está ao lado dos pilotos de Fórmula 1. A competição mais famosa de automobilismo carrega uma lista enorme de finais sangrentos que poderiam ser evitados e não foram. Mas afinal, como resolver esse problema do Cockpit?

 Alguns produtores já cogitam a criação do tão sonhado cockpit fechado, o problema é que esse é apenas o começo de uma pesquisa, pois milhares são as perguntas que devem ser respondidas antes de colocar um cockpit fechado em um carro de Fórmula 1. Afinal, ele pode proteger contra os acidentes parecidos com o desse final de semana, mas em caso de fogo, por exemplo, seria fácil retirá-lo? Em caso de um acidente forte contra a parede, qual seria a dificuldade de retirar essa proteção? Deve-se buscar uma solução rápida, mas consciente, para que no futuro a solução não vire um problema.



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